Mas de nada adiantaria poupar sua dor... Pois todos os outros haveriam de assistir as grossas caldas de fogo Chegando
3 comentários:
Anônimo
disse...
Menina, voltou com a corda toda em 2009, hein! Fotografia, vários poemas (sua especialidade)e aquela pulsão de desejo sempre latente. Também um quê metalinguístico, bem a seu gosto. Muito bem! Beijos
Texto quer dizer "tecido", um que manifesta a infinita possibilidade tipológica de expressão. Portanto, manifesta o imensurável dos sentimentos ou ideologias, enquadrado em linguagens diversas. Veja: texto tece um momento, por exemplo, na literatura ou na expressão facial de um sujeito; ou ainda na mudança de vida, ou na feitura de um filme...Podemos escolher esse texto, para manifestação da vida.Texto é um sistema vivo, onde tudo se transforma! Então, quando deixamos de escrever, de ordenar idéias no papel, sentindo cansaço daquilo; esvaziamento ou rompimento, estamos mudando paradigmas. Mas o que fazer com o compromisso de um escritor com as letras? Talvez uma boa resposta esteja na palavra "criatividade". Que mesmo na mudança de paradigma, do cansaço, este escritor resista até o fim.Termine a narrativa apenas como um ponto de vista sobre ela, ainda que tenha o abandonado. Ser inteiro com seu texto, até o fim, não trai a mudança de seus paradigmas e ainda define a capacidade imaginativa das coisas do mundo. Sugiro, então, na atemporalidade das linguagens e suas manifestações, que um texto não acaba: ele se transforma, vira um sub-texto - para um novo que irá tomar lugar. Do original que foi, apenas base. Ainda podemos, simplesmente, encher o saco! Jogar o texto no fundo da gaveta! Porque é impossível pensar sobre ele, dialogar com ele, viver dele. Que bom! Estejamos, porém, conscientes e sobretudo crédulos, de que temos uns textos jogados no fundo da gaveta...
Daí, tão importante lidar com a inocência possível, de ser e estar no mundo. A inocência que permite acreditar e apostar em si mesmo e no novo.Que permite elaborar um texto e descartá-lo como princípio, para deixá-lo ser meio para o fim. Devia ser um projeto do mundo: sermos inocentes! Quando escrevo, sinto alívio. De poder dizer. De poder pensar. De poder nem pensar, mas deixar sair. De colorir minha vida no papel, ou de poder trazer meu colorido pro papel. Tanto faz. Mas sendo o que sou, sem atrelar ao outro, o que digo. É um perigo...Pois não escrevemos só para nós mesmos. E, na falta de inocência, sinto medo. Medo dos outros. Mas não gostaria de definir o que sinto ao escrever, de forma pontual. Como diz Santaella " Toda definição acabada é uma espécie de morte, porque sendo fechada, mata justo a inquietação e curiosidade que nos impulsionam para as coisas que, vivas, palpitam e pulsam".
Por último, compartilho uma coisa linda, dita por Ariane - diretora de teatro, francesa: a humanidade está tão analfabeta de sentimentos, tão desacostumada a lidar, procurar, conhecer e reconhecer seus sentimentos... E que por isso, é importante que arte trabalhe com os sentimentos e emoções das pessoas; remoa, explicíte, exercite. Com isso, pensei na literatura. Vale para tudo, mas pensei na literatura: quem escreve tem a alegria de ser um super alfabetizado dos sentimentos. Talvez mais nada. Talvez, o escritor seja ruim, seja fraco; qualquer argumento da crítica acabe com a condição estrutural de seu texto ( a forma ). MAS, ele pode falar sobre o sentimento humano, através dele mesmo.Isso já é maravilhoso. Portanto, na verdade de escrever, vale fazer.
3 comentários:
Menina, voltou com a corda toda em 2009, hein! Fotografia, vários poemas (sua especialidade)e aquela pulsão de desejo sempre latente.
Também um quê metalinguístico, bem a seu gosto.
Muito bem!
Beijos
Ai, que delícia!Que importante!
Obrigada, professora!
Valeu, amiga Mallet...
bju
Ai, que delícia!Que importante!
Obrigada, professora!
Valeu, amiga Mallet...
bju
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