“Explode coração, que eu tenho que domar minha língua”- Hamlet disse algo assim...
“Energia é deleite Eterno.Quem refreia o desejo assim o faz porque o seu é fraco o suficiente para ser refreado;e o refreador, ou razão, usurpa-lhe o lugar & governa o inapetente.E, refreando-se, aos poucos se apassiva, até não ser mais que a sombra do desejo” – Willian Blake, trazido por uma amiga...
segunda-feira, novembro 05, 2007
quarta-feira, setembro 05, 2007
título
promessas no ar
sinalizações constantes e duvidosas
já tortas
ininteligíveis
e nós continuamos
Porque tem o cinema, aquela música
tantos sorrisos e desejos
porque tem a noite com silêncio, ar leve
e transpirações
sinalizações constantes e duvidosas
já tortas
ininteligíveis
e nós continuamos
Porque tem o cinema, aquela música
tantos sorrisos e desejos
porque tem a noite com silêncio, ar leve
e transpirações
sexta-feira, agosto 24, 2007
Na chegada
Queria um macaco
Ganhou um gato
Achou ser selva
Era cinza
Pediu cortinas
Ganhou sapatos
dourados e brancos
Ganhou um gato
Achou ser selva
Era cinza
Pediu cortinas
Ganhou sapatos
dourados e brancos
terça-feira, agosto 07, 2007

Ainda
Abrir os olhos, estar... Levanto o tronco, sinto o calor das almofadas ao meu redor. O macio das mãos que juntam os cabelos num desajeitado coque.
Meu olhar encaminha o dia pra fora das janelas, ainda em brumas, em sonhos. As cores que desejo estão todas em mim
Meu filtro verde
Minha seda branca
As fitas vermelhas que se espalham...
Pernas, quadris, ventre, que descobrem o ar
e movem-se pela tábua maleável
retorcem-se, discretamente.
Vou sentindo o espaço, circundada pela água quente, dona da espuma que agrega olhares e some. Some reivindicando bravuras, atos heróicos, chapéu na cabeça.
Mas ainda tenho apenas a xícara de café quente, a lã na pele, o cheiro da montanha
segunda-feira, julho 23, 2007
auto-reverência

Fomos e voltamos. Agora é diferente. Eu sou aquela mulher desnudada, frente à tanto terno pra um homem só. Não me comove, quero mais.
Todas as explosões que sinto no meu corpo são típicas dos 30, mas elevo cada uma delas como únicas. Afinal, descobrir o que é ser, não tem concorrência. Me alegro, densifico, intenciono e basta... Porque o outro faz parte de mim e aproveito. Muito mais do que ele, já que ainda não sabe. Não sabe como é sentir um pedaço de Vênus gritando de emoção todo dia que acorda.
... os ares arrebatam tão lentamente, assim como a vida deve ser.
Todas as explosões que sinto no meu corpo são típicas dos 30, mas elevo cada uma delas como únicas. Afinal, descobrir o que é ser, não tem concorrência. Me alegro, densifico, intenciono e basta... Porque o outro faz parte de mim e aproveito. Muito mais do que ele, já que ainda não sabe. Não sabe como é sentir um pedaço de Vênus gritando de emoção todo dia que acorda.
... os ares arrebatam tão lentamente, assim como a vida deve ser.
inserções
Na minha sala tenho um quadro muito grande apoiado no chão. O conheço muito bem: suas tintas, seus contornos, sua história. As mãos que o pintaram e que fabricaram os pincéis para sua execução; o estudo de anos que maturou sua concepção. A pintura é colorida como o mundo da renovação. Nele pode-se ler tantas cores e elementos da paisagem de ilusão, quantas a que existem em seu autor. Se a realidade não fosse proporcional àquele olhar do que coloriu, não me faria nenhuma diferença; ainda com Picasso endossando que “A arte é uma mentira que revela a verdade”, guardo em meu olhar todas as mentiras e verdades do quadro muito grande que tenho em minha sala.
Assinar:
Postagens (Atom)